quarta-feira, 31 de agosto de 2011

O Poder da Validação

Todo mundo é inseguro, sem exceção.
Os super-confiantes simplesmente disfarçam melhor.
Não escapam pais, professores, chefes nem colegas de trabalho.
Afinal, ninguém é de ferro.
Paulo Autran tremia nas bases nos primeiros minutos de cada apresentação, mesmo que a peça que já tenha sido encenada 500 vezes.
Só depois da primeira risada, da primeira reação do público, é que o ator se relaxa e parte tranqüilo para o resto do espetáculo.
Eu, para ser absolutamente sincero, fico inseguro a cada novo artigo que escrevo, e corro desesperado para ver os comentários que chegam.
Insegurança psicológica é o problema humano número 1.

O mundo seria muito 
Imgres-33 menos neurótico, louco e agitado se fôssemos todos um pouco menos inseguros.
 Trabalharíamos menos, curtiríamos mais a vida, levaríamos a vida mais na esportiva.
Mas como reduzir esta insegurança?
Alguns acreditam que estudando mais, ganhando mais, trabalhando mais resolveriam o problema.
Ledo engano, por uma simples razão:
segurança não depende da gente, depende dos outros. Está totalmente fora do nosso controle.
Por isso segurança nunca é conquistada definitivamente, ela é sempre temporária, efêmera.
Segurança depende de um processo que chamo de "validação", embora para os estatísticos o significado seja outro.
  Imgres-37
Validação estatística significa certificar-se de que um dado ou informação é verdadeiro, mas eu uso esse termo para seres humanos.
 Validar alguém seria confirmar que essa pessoa existe,
 que ela é real, verdadeira, que ela tem valor.
Todos nós precisamos ser validados pelos outros, constantemente.
Alguém tem de dizer que você é bonito ou bonita, por mais bonito ou bonita que você seja. O autoconhecimento, tão decantado por filósofos, não resolve o problema.

Imgres-36 Ninguém pode autovalidar-se, por definição.
Você sempre será um ninguém, a não ser que outros o validem como alguém.

Validar o outro significa confirmá-lo, como dizer: "Você tem significado para mim".
Validaré o que um namorado ou namorada faz quando lhe diz: "Gosto de você pelo que você é".

Quem cunhou a frase "Por trás de um grande homem existe uma grande mulher" (e vice-versa) provavelmente estava pensando nesse poder de validaçãoque só uma companheira amorosa e presente no dia-a-dia poderá dar.

Um simples olhar, um sorriso, um singelo elogio são suficientes para você validar todo mundo. Estamos tão preocupados com a nossa própria insegurança, que não temos tempo para sair validando os o
utros.

Imgres-29 Estamos tão preocupados em mostrar que somos o "máximo", que esquecemos de dizer aos nossos amigos, filhos e cônjuges que o "máximo" são eles.

Puxamos o saco de quem não gostamos, esquecemos de validar aqueles que admiramos.
Por falta de validação, criamos um mundo consumista, onde se valoriza o ter e não o ser.
Por falta de validação, criamos um mundo onde todos querem mostrar-se, ou dominar os outros em busca de poder.
Validação permite que pessoas sejam aceitas pelo que realmente são, e não pelo que gostaríamos que fossem. Imgres-30
Mas, justamente graças à validação, elas começarão a acreditar em si mesmas e crescerão para ser o que queremos.
Se quisermos tornar o mundo menos inseguro e melhor, precisaremos treinar e exercitar uma nova competência: validar alguém todo dia.
Um elogio certo, um sorriso, os parabéns na hora certa, uma salva de palmas, um beijo, um dedão para cima, um "valeu, cara, valeu".
Você já validou alguém hoje? Então comece já, por mais inseguro que você esteja.
Stephen Kanitz
Artigo publicado na Revista Veja, edição 1705, ano 34, nº 24, 20 de junho de 2001, pág.22

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Usuários de Twitter e Facebook usam mais álcool e maconha

Adolescentes que usam redes sociais com muita frequência têm cinco vezes mais chance de usar tabaco, três vezes mais chance de ingerir álcool e duas vezes mais chance de usar maconha.


Reuters. Por Molly OToole - O tempo gasto em redes sociais aumenta o risco de que adolescentes fumem, bebam e usem drogas, segundo uma pesquisa nacional sobre atitudes de norte-americanos quanto ao abuso de drogas.
Em um dia comum, 70 por cento de adolescentes de 12 a 17 anos --ou 17 milhões de jovens-- passaram de um minuto a horas no Facebook, Myspace e em outros sites de redes sociais, de acordo com o Centro Nacional de Dependência e Abuso de Substâncias (CNDAS) na Universidade da Columbia.
Nessa mesma faixa etária, adolescentes que usam redes sociais com muita frequência têm cinco vezes mais chance de usar tabaco, três vezes mais chance de ingerir álcool e duas vezes mais chance de usar maconha do que jovens que não passam nenhum momento do dia em redes sociais.
"Os resultados são profundamente preocupantes... o mundo da Internet, no qual tudo é permitido, a expressão é livre e a programação da televisão é sugestiva, adolescentes são postos em um risco maior de abuso de substâncias", disse o fundador e presidente do centro, Joseph Califano Jr, em comunicado.
Os resultados da pesquisa revelaram que metade dos adolescentes que passaram algum tempo online em redes sociais em determinado dia viram fotos de jovens "bêbados, desmaiados ou usando drogas nesses sites".
Mesmo os catorze por cento dos adolescentes que afirmaram não passar nenhum tempo nesses sites de redes sociais disseram ter visto fotos de jovens bêbados, desmaiados ou usando drogas nos sites.
Adolescentes que haviam visto tais fotos também mostraram ter duas vezes mais chances de pensar em experimentar drogas no futuro, e ficaram muito mais propensos a ter amigos que usam drogas ilegais.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Steve Jobs renuncia à presidência-executiva da Apple

Agora, quem assume o cargo de CEO é Tim Cook.

O ícone do Vale do Silício Steve Jobs renunciou nesta quarta-feira como presidente-executivo da Apple, encerrando o período de 14 anos durante o qual comandou a empresa que ajudou a fundar em uma garagem. Jobs - sobrevivente de um câncer no pâncreas que estava de licença médica desde 17 de janeiro por condições de saúde não reveladas-- será substituído pelo vice-presidente operacional Tim Cook.
Jobs assumirá o posto de presidente do Conselho de Administração da Apple.
"Eu sempre disse que, se houvesse um dia em que eu não pudesse mais cumprir meus deveres e atender às expectativas como presidente-executivo da Apple, eu seria o primeiro a informá-lo. Infelizmente, esse dia chegou", escreveu Jobs em uma breve carta anunciando sua renúncia.
O ex-presidente-executivo de 55 anos havia aparecido publicamente por um breve momento em março para apresentar a última versão do iPad, e, mais tarde, em um jantar com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, junto com líderes do setor de tecnologia do Vale do Silício.
A aparência de Jobs, frequentemente magra, levantou questões sobre sua saúde e capacidade de permanecer à frente da Apple.
"Eu direi aos investidores que não entrem em pânico e permaneçam calmos. É a coisa certa a fazer. Steve será o chairman e Cook será o presidente-executivo. Isso não é uma surpresa ou algo inesperado", disse o analista Colin Gillis, da BGC Financial.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

O nome da doença que assola o Brasil é Luiz Inácio Lula da Silva

Quatro ministros caíram em menos de oito meses de governo Dilma. Se considerarmos que Luiz Sérgio deixou a coordenação política para não fazer borra nenhuma na pesca, são cinco, três deles porque não conseguiram explicar o inexplicável no terreno ético: Antônio Palocci (Casa Civil), Alfredo Nascimento (Transportes) e Wagner Rossi (Agricultura). Nelson Jobim (Defesa) foi demitido porque falou demais. As demissões se deram de junho pra cá, à média, portanto, de mais de uma por mês. São os sintomas. Afinal, qual é a doença que acomete a política brasileira? Chama-se Luiz Inácio Lula da Silva, o homem que hoje atua de modo claro, desabrido e insofismável para desestabilizar o governo da presidente Dilma Rousseff, sua criatura eleitoral.
Esse modelo de governo necrosado, que recende a carniça, não chega a ser uma criação genuína de Lula. Ele não cria nada. Mas é o sistema por ele reciclado, submetido ao aggiornamento petista. Este senhor é hoje o maior reacionário da política brasileira. De fato, é o maior de todos os tempos: nunca antes na história destepaiz um líder do seu porte — e os eleitores quiseram assim; não há muito o que fazer a respeito — atuou de forma tão determinada, tão clara, tão explícita para que o Brasil andasse para trás, desse marcha a ré nas conquistas do republicanismo, voltasse ao tempo da aristocracia dos inimputáveis. Enquanto Lula for uma figura relevante da política brasileira, estaremos condenados ao atraso.
O governo herdado por Dilma é aquele que seu antecessor construiu. Aqui, é preciso fazer um pouco de história.
No modelo saído da Constituição de 1988, o presidente precisa do Congresso para governar. Se o tem nas mãos, consegue transformar banditismo em virtude, como prova o mensalão. É impressionante que Lula tenha saído incólume daquela bandalheira — e reeleito! Há diversas razões que explicam o fenômeno, muitas delas já conhecidas. O apoio do Congresso foi vital — além da sem-vergonhice docemente compartilhada por quem votou nele. Não dá para livrar os eleitores de suas responsabilidades.
Fernando Henrique Cardoso governou com boa parte das forças que acabaram migrando para o lulo-petismo — o PMDB inclusive. Surgiram, sim, denúncias de corrupção. Não foi certamente um governo só com vestais. Mas era uma gestão com alguns propósitos, boa parte deles cumprida. Era preciso consolidar as conquistas do Plano Real, promover privatizações essenciais à modernização do país, tirar o bolor da legislação que impedia investimentos, criar bases efetivas para a rede de proteção social. FHC percebeu desde logo que essa agenda não se cumpriria com um alinhamento do PSDB à esquerda. E foi buscar, então, o PFL, o que foi considerado pelos “progressistas” do Complexo Pucusp um crime de lesa moralidade. Em boa parte da imprensa, a reação não foi diferente. Falava-se da “rendição” do intelectual marxixta — o que FHC nunca foi, diga-se — ao patrimonialismo. Um “patrimonialismo” que privatizava estatais… Tenha paciência!
FHC venceu eleição e reeleição no primeiro turno e implementou a sua agenda, debaixo do porrete petista. Teve, sim, de fazer, muitas vezes, o jogo disso que se chama “fisiologia”. O modelo saído da Constituição de 1988, reitero, induz esse sistema de loteamento de cargos. O estado brasileiro, infelizmente, é gigantesco. Quanto mais cargos há a ocupar, pior para a ética, a moral e os bons costumes. Mas, repito, o governo tinha um centro e uma agenda das mais complexas.
Lula surfou no bom momento da economia mundial, manteve os fundamentos herdados do seu antecessor — é faroleiro e assumidamente bravateiro, mas não é burro e foi muito saudado por jogar no lixo o programa econômico do PT (até eu o saúdo por isso; sempre que algo do petismo vai para o lixo, é um dever moral aplaudir). Procedam a uma pesquisa: tentem encontrar um só avanço estrutural que tenha saído de sua mente divinal; tentem apontar uma só conquista de fundo, que tenha contribuído para modernizar as relações políticas no país; tentem divisar um só elemento que caracterize uma modernização institucional.
Nada!
Ao contrário. Lula fez o Brasil marchar para trás algumas décadas nos usos e costumes da política e atuou de maneira pertinaz para engordar ainda mais o balofo estado brasileiro, o que lhe facultou as condições para elevar a altitudes jamais atingidas o clientelismo, o fisiologismo, a estado-dependência. E aqui é preciso temperar a história com características da personagem,
Déficit de credibilidade
Lula e seu partido chegaram ao poder em 2002 com um déficit imenso de credibilidade. Muita gente pensava que eles próprios acreditavam nas besteiras que diziam sobre economia. Daí a especulação enlouquecida na reta final da eleição e no começo de 2003. O modelo, insisto, requer uma base grande no Congresso. E Lula, por intermédio de José Dirceu, foi às compras. A relação do PT com os outros partidos passou a sere mais ou menos aquela que existe no mercado de juros: se o risco oferecido pelo tomador do empréstimo é alto, a taxa sobe; se é baixo, desce. Os petistas eram considerados elementos um tanto tóxicos. Eles haviam se esforçado durante anos para convencer disso seus adversários. Logo, os candidatos à adesão levaram o preço às alturas.
Lula aceitou lotear o governo como nenhum outro havia feito antes dele. Os ministérios eram oferecidos de porteira fechada — prática que continuou e se exacerbou no segundo mandato; nesse caso, já não era déficit de credibilidade, não. Lula, o sindicalista, que fazia discurso radical para as massas e enchia a cara de uísque com a turma da Fiesp, viu-se feliz como pinto no lixo quando passou a ser o doador das benesses oficiais. Ele se encontrou. Descobriu seu elemento. Gostava mesmo era daquilo. E não foi só com os políticos, não!
Parte importante do empresariado e do mercado financeiro viu nele o lampejo do gênio. Com ele, sim, era fácil negociar, dizia-se a pregas largas, não com aquele sociólogo metido… Com Lula, tudo podia, tudo era permitido, tudo era precificável. Políticos e empresários se surpreenderam coma a facilidade com que ele fazia concessões. Não! Nada de tentar baixar carga tributária, por exemplo. O modelo consolidado pelo PT é outro: é o dos incentivos a setores escolhidos, o dos empréstimos subsidiados a rodo, o da escolha de “vencedores”. Lula não formava a sua clientela apenas com os miseráveis do Bolsa Família (que ele não criou;  só lhe deu viés politiqueiro). Os tubarões também passaram a ser clientes do lulo-petismo. Tinha bolsa pra todo mundo.
O grande gênio
Surfando num momento formidável da economia mundial, Lula pôde, então, se dedicar à sua obra: revitalizar o clientelismo; profissionalizar o aparelhamento do estado; comprar apoios loteando ministérios, estatais e autarquias. Mas para fazer qual governo mesmo? Para deixar qual herança de fundo, destinada às gerações futuras? O homem transformou-se num quase mito agredindo alguns dos fundamentos do republicanismo, que foram duramente construídos ao longo dos oito anos de seu antecessor. Lula avançou contra a herança bendita de FHC para deixar uma herança maldita a seus sucessores e a várias gerações de brasileiros. Nessas horas, os petralhas sempre entram para provocar: “Ah, mas só uma minoria acha isso; o povão apóia”. E daí? “Povões” já endossaram gente até mais nefasta do que Lula história afora.
Essa gente asquerosa que se demite ou é demitida e faz esses discursos patéticos, em que sugerem que só estão deixando seus cargos porque pautados pela mais estrita decência e por uma competência inquestionável, é expressão do modo lulista de governar. Eu, pessoalmente, ainda não estou convencido de que estamos diante da evidência da incompatibilidade de Dilma com esse padrão moral. Afinal, ela era a “gerente” do governo anterior, certo? Mas estou plenamente convencido de que ela não tem a devida destreza par comandar isso que se transformou NUMA VERDADEIRA MÁQUINA CRIMINOSA de gestão do estado.
A rataiada com a qual Lula governou o país durante oito anos tinha certo receio dele, de sua popularidade — até as oposições evidenciaram esse temor mais de uma vez —, mas não reverencia Dilma. Para se associar, mais uma vez, ao PT, o PMDB, por exemplo, exigiu participar efetivamente do governo, e isso quer dizer liberdade para executar a “sua” política nos ministérios. O mesmo se diga dos demais partidos. A infraestrutura já foi à breca há muito tempo, mas o país que se dane. Os “aliados” têm de cuidar dos seus interesses porque assim combinaram com Lula.
Em 2010, o prêmio exigido para a  adesão foi alto não porque o PT padecesse daquele déficit de credibilidade de 2002. A candidata é que se mostrava difícil. A costura da aliança, por isso, elevou o preço de novo. A tal “base” está revoltada porque o modelo de Lula não comporta a ingerência do poder central nos feudos dominados por partidos. Afinal, quem Dilma pensa que é? O acordo não foi feito com ela. Os patriotas se dizem, sem qualquer constrangimento, traídos. “Lula pediu para a gente apoiar essa mulher, e agora ela acha que pode se meter no nosso quintal?” Eles se consideram credores da presidente e acham que o governo os trata como devedores.
Nostalgia
Eles todos estão com saudade de Lula. Querem retomar a tradição. Consideram que roubar dinheiro público é uma paga natural pelo apoio, é parte das regras do jogo. Não deploram em Dilma a sua falta de projeto, de norte, de rumo. Estão inconformados é com o que a “falta de apoio” do governo contra esta maldita imprensa, que insiste em apontar irregularidades. Cadê o Apedeuta para pedir o controle dos meios de comunicação? Cadê o Franklin Martins para articular a “resistência”? Até o secretário de Imprensa do Planalto parece cobrar um “confronto” com a “mídia”. Eles querem Lula. E Lula quer de volta o lugar que acha que lhe pertence.
Encerro voltando aos tais intelectuais e àquela parte do jornalismo que ajudou a fundar o quase-mito Lula. Quando FHC fez a coligação com o PFL, falaram em crime de lesa democracia. Quando Lula se juntou à escória mais asquerosa da política, saudaram o seu pragmatismo. O pragmatismo que transformou a cleptocracia numa categoria progressista de pensamento.
Lula é o nome da doença. É para ela que precisamos de remédio.
Por Reinaldo Azevedo

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/o-nome-da-doenca-que-assola-o-brasil-e-luiz-inacio-lula-da-silva/

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Assunto particular deixa trabalhador faltar

A comissão também autorizou uma falta por ano para que os funcionários participem da atividade escolar do filho.

A Comissão de Educação e Cultura aprovou na quarta-feira (10) uma proposta que permite ao trabalhador faltar uma vez por ano, sem prejuízo do salário, para tratar de interesse particular e, outra vez, para participar de atividade escolar de dependente matriculado na educação básica. A medida está prevista no Projeto de Lei 483/11, do Senado.

O relator, Luiz Carlos Setim (DEM-PR), elogiou a proposta. “Inúmeros estudos demonstram a necessidade de envolvimento das famílias no projeto pedagógico que a escola implementa. Também é por todos reconhecida a dificuldade que os pais têm para conciliar seus horários de trabalho com a presença que a escola demanda”, argumentou.

A comissão aprovou também uma emenda do relator. O texto original restringia a pais de alunos dos ensinos fundamental e médio o direito à folga para participação de atividade escolar. O relator estendeu o benefício a pais de crianças que frequentam a educação infantil.

Tramitação

O projeto, que tramita em caráter conclusivo e em regime de prioridade, será analisado ainda pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Decisão do STF garante nomeação de quem for aprovado em concurso

Prazo para última chamada não pode ultrapassar a data prevista no edital

Uma decisão foi anunciada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na noite de quarta-feira (10). Todos os candidatos aprovados dentro do número de vagas oferecidas em concursos públicos devem ser nomeados. A exceção é para situações imprevisíveis, como crises econômicas de grandes proporções.
O prazo para última chamada não pode ultrapassar a data prevista no edital. A decisão foi tomada em um recurso contra o governo de Mato Grosso do Sul, mas deve ser aplicada por todos os juízes em casos idênticos

 

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Reynaldo Gianecchini internado com suspeita de câncer

Ator está no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, desde o dia 1º; faringite crônica gerou suspeita de câncer linfático

O ator Reynaldo Gianecchini, 38 anos, está internado no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, desde o dia 1º, com suspeita de câncer linfático (que afeta as células do sistema imunológico). Segundo o comunicado enviado pela assessoria de imprensa do ator, Giane sofreu uma faringite crônica e foi tratado com antibiótico, o que resultou em uma grave reação alérgica. Com isso, as próximas sessões da peça “Cruel’” em cartaz no Teatro FAAP, foram suspensas. A produção aguarda o resultado do laudo médico.
“Existiu essa possibilidade do câncer, sim, mas ainda não há um diagnóstico definitivo. Ele está fazendo uma bateria de exames para investigar o problema e iniciar o tratamento. Giane está tranquilo, disposto e com muita vontade de voltar ao trabalho”, disse Daniela Bustos, assessora do espetáculo. O ator está acompanhado da mãe, dona Heloísa, 68. Em junho, o ator foi operado de hérnia inguinal, na região da virilha. As informações são do jornal O Dia.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Procuradores querem impugnar partido de Kassab

Alegação é duplicidade na contagem das assinaturas para a criação do PSD

O Ministério Público Eleitoral em São Paulo pediu a impugnação do PSD, partido a ser criado pelo prefeito da capital paulista, Gilberto Kassab. Para a Procuradoria Regional Eleitoral, pode ter ocorrido duplicidade na contagem das assinaturas dos apoiadores da criação da nova legenda.
Em pedido enviado ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) na sexta-feira, o procurador regional eleitoral substituto, André de Carvalho Ramos, diz que a análise das certidões com as assinaturas, emitidas por cartórios paulistas, mostra que foram apresentadas mais de uma lista com nomes de apoiadores e ainda listas fracionadas.
Como as listas foram analisadas por diferentes funcionários nos cartórios, na avaliação do Ministério Público Eleitoral é possível que assinaturas tenham sido computadas mais de uma vez. “Note-se que a presente impugnação é dirigida não à assinatura ou equívoco formal do título de eleitoral (objeto de exame anterior), mas sim ao procedimento do próprio cartório, que, sim está sob análise deste Tribunal Regional Eleitoral”, afirma Carvalho Ramos em seu pedido. Para a Procuradoria Regional Eleitoral, em pelo menos 56 zonas eleitorais há possibilidade de assinaturas terem sido contabilizadas mais de uma vez.
Segundo a Lei Eleitoral, para o PSD conseguir o registro definitivo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), são necessárias as assinaturas de 492 mil eleitores em nove Estados.
Para o advogado do PSD, Ricardo Penteado, a autenticidade das certidões, emitidas pelos cartórios eleitorais após a apresentação das listas com os apoios, não pode mais ser discutida nesta fase do processo. “Se havia alguma dúvida sobre o sistema, ela deveria ter sido apresentada ao juiz eleitoral”, afirmou Penteado. “O que o Ministério Público faz é levantar dúvida sobre o sistema. É o mesmo que questionar resultado da última eleição dizendo que a urna eletrônica não é segura para contagem de votos”, completou.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Nova classe média tem maioria feminina, branca e com mais de 25 anos

Perfil elaborado pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República revela que a nova classe média brasileira, formada por 95 milhões de pessoas, tem a maioria feminina (51%) e branca (52%) e é predominantemente adulta, com mais de 25 anos (63%).
Os dados são da Pesquisa de Amostra Domiciliar (Pnad), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) antes do Censo 2010, e agora recompilados pela SAE para estabelecer o perfil da classe C – que, na última década, teve o ingresso de 31 milhões de pessoas e tornou o estrato social mais volumoso. A renda familiar da classe média varia de R$ 1 mil a R$ 4 mil mensais.
O perfil da nova classe média é tema do seminário que o governo promove hoje (8), em Brasília, para estabelecer novas políticas sociais para o segmento.
Segundo os dados, a nova classe média é majoritariamente urbana (89%) e, em sua maioria, está em três regiões brasileiras: Sul (61%), Sudeste (59%) e Centro-Oeste (56%). O percentual da população nesse estrato social é maior em cidades de pequeno porte (45%), com menos de 100 mil habitantes, do que em regiões metropolitanas (32%) e em cidades de médio porte (23%).
Os dados educacionais revelam que 99% das crianças e adolescentes (7 a 14 anos) da classe média frequentam a escola. A proporção é a mesma que a da classe alta. A frequência escolar nas faixas etárias mais elevadas é, no entanto, comparativamente menor. Na classe alta, 95% dos jovens de 15 a 17 anos e 54% dos adultos de 18 a 24 anos frequentam escola; enquanto, na classe emergente, os percentuais caem para 87% e 28%, respectivamente.
Apesar do perfil escolar mais baixo, a SAE afirma que a classe C tem buscado incrementar a formação escolar. Segundo o secretário executivo da SAE, Roger Leal, o total de anos dedicados ao estudo é maior que no passado, e a classe C tende a se beneficiar da melhoria da qualidade no ensino. Para ele, é natural a junção entre um acesso mais amplo à educação e um espaço maior no mercado de trabalho.
Conforme a SAE, seis em cada dez pessoas da classe C estão empregadas. A maioria dessas tem registro formal (42% com carteira assinada e 11% como funcionário público); 19% trabalham sem registro; outros19% trabalham por conta própria; 3% são empregadores; e 6% não são remunerados. O perfil de formalização da classe C (53%) está acima da média nacional (47%), mas, na classe alta, o índice de formalização é maior, 59%.
“O fato de a pessoa chegar à classe média, de ter tido um incremento do rendimento, experimentado alguma ascensão social, não significa dizer que houve formalização do emprego”, pondera Leal, ao destacar que não há uma relação rigorosa entre a melhoria da qualidade de vida e a legalização do vínculo empregatício. “Isso não quer dizer que o combate à pobreza gere formalização do emprego.”
Ainda conforme os dados compilados da Pnad 2009, três quartos da classe C moram em casa própria, sendo 99% dos domicílios de alvenaria ou madeira aparelhada; com forro ou cobertura de laje, telhado ou madeira aparelhada. Os dados analisados pela SAE serão publicados no site www.sae.gov.br/novaclassemedia.
Edição: Lana Cristina

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Um país ensanduichado

Publicado no jornal O Globo em 03/08/2011

O Big Mac é o sanduíche mais popular do mundo. Há um quarto de século, ano após ano, a revista The Economist faz comparações de preços entre diferentes países. Na edição desta semana, a tabela foi atualizada com base nos dados de 25 de julho, em dólares correntes. O resultado mostra que o Brasil tem o Big Mac mais caro do planeta depois da Suíça e da Suécia. Nessa matéria, somos, folgadamente, os campeões dos países emergentes: mais do dobro do que se cobra no México, o triplo do preço na Índia e 2,7 vezes o da China. Estamos à frente, inclusive, dos centros desenvolvidos: nosso sanduíche tem uma majoração de mais de 50% sobre o que se paga nos Estados Unidos, Japão e Inglaterra.
Procurando construir um índice que dê uma ideia mais realista da sobrevalorização ou da subvalorização das moedas locais, a revista inglesa deflacionou os preços do Big Mac nos países pesquisados segundo seu respectivo PIB per capita, concluindo que a moeda brasileira, o real, é hoje a mais sobrevalorizada do mundo. O gráfico da revista mostra com clareza: o Brasil é o ponto mais fora da curva.
Não é o caso de discutir aqui as limitações de um sanduíche como “cesta” que permite comparar países e desvios nas taxas de câmbio de suas moedas — vale dizer, as diferenças entre as taxas de câmbio nominal e real de cada um deles. Note-se, em todo caso, que comparações academicamente mais elaboradas, que utilizam índices mais completos, apontam na mesma direção dos índices do Big Mac.
Entre nós, hoje em dia, essa realidade permitiu pelo menos o reconhecimento da existência do problema, habitualmente negado durante ciclos anteriores de sobrevalorização. Da mesma forma, tem perdido força o argumento de que a apreciação permanente do real aumentaria a competitividade da nossa economia, ao baratear os insumos e os bens de capital importados.
Começa a haver, de fato, certo consenso a respeito dos prejuízos da sobrevalorização cambial para a economia brasileira: enfraquecimento das exportações de produtos industrializados e diminuição da competitividade da produção doméstica em relação aos produtos importados — dos automóveis aos biquínis. Estamos ensanduichados entre os juros e o câmbio.
Não é por menos, aliás, que o déficit da indústria de transformação com o exterior foi de US$ 21,2 bilhões no primeiro semestre de 2011, 50% mais do que no mesmo período do ano passado. Na metade inicial de 2005, havíamos chegado a um superávit de US$ 14,6 bilhões.
É no setor de turismo que a questão cambial se projeta de forma mais escandalosa. O (mal) chamado “real forte” tem sido um ventilador de alta potência a espantar os turistas estrangeiros e a acelerar o turismo brasileiro no exterior. Em 2010, o déficit do país nessa área foi de U$ 10,5 bilhões. No primeiro semestre deste ano, esse déficit aumentou em cerca de dois terços em relação à metade inicial de 2010!
Não tenho maiores reparos às medidas do governo que visam a diminuir a oferta de dólares no Brasil a fim de conter a valorização do real, mas sou cético quanto ao tamanho dos seus efeitos práticos. É o caso das providências da semana passada, com vistas a constranger a exuberância do mercado futuro de câmbio. São medidas que provavelmente serão contornadas pelos agentes econômicos, diante do brutal incentivo existente para trazer moeda estrangeira.
Para o governo, o problema se resume à abundância de dólares no mercado financeiro internacional, que tem levado a uma apreciação da moeda norte-americana em todo o mundo, não apenas no Brasil. Por certo, esse é um argumento eficiente para jogar nas costas da fatalidade os tropeços cambiais do Brasil, mas não para explicar o fato de que a apreciação da moeda brasileira foi e tem sido mais intensa do que nos outros países. Lembrem do Big Mac, vejam estudos acadêmicos e perguntem a qualquer turista brasileiro acostumado a percorrer o mundo.
O que tem exacerbado o vigor da sobrevalorização cambial no Brasil é um fator, digamos, endógeno: nossa taxa de juros é a maior do mundo em termos reais. Ela é cinco ou seis vezes maior do que a taxa média dos países emergentes, sem mencionar as dos centros desenvolvidos, onde é zero ou negativa. Esse é um poderoso motor de sucção de dólares: faz-se dinheiro fácil no paraíso financeiro brasileiro.
Querem um exemplo? Entre janeiro e maio deste ano, as filiais de multinacionais brasileiras emprestaram para suas matrizes U$16,5 bilhões, mais do que em todo o ano passado e cinco vezes o montante registrado em igual período de 2010. Já as matrizes das multinacionais estrangeiras mandaram para suas filiais no Brasil dez vezes mais do que o fizeram no ano passado, no mesmo período janeiro-maio. A troco de quê, senão para faturar com os juros mais altos do mundo? E como as autoridades econômicas vão controlar e impedir esses fluxos intercompanhias?
É preciso reconhecer que o problema dos juros não vem de hoje — mas tem sido agravado pelo fato de que o governo passado e o atual concentraram neles a responsabilidade exclusiva de deter a aceleração da inflação, via arrocho cambial. E quanto isso, não de ocuparam se aplicar uma política fiscal consistente, de cuidar com mais rigor da desindexação, de ampliar mais rapidamente a infraestrutura. Falou-se muito; fez-se pouco.
Pesa, ainda, de forma decisiva o profundo equívoco da política econômica do governo anterior, que aumentou os juros na véspera da crise mundial anunciada, em setembro de 2008, e demorou quatro meses para rebaixá-los um pouquinho, apesar da verdadeira deflação de preços da economia brasileira, e na total contramão do que se fez no mundo. Tivesse atuado corretamente, as questões hoje seriam mais fáceis. Mas não se conta a história do que não aconteceu. E sempre se considere o fato de que os juros estelares e o nó cambial compõem a herança maldita recebida pelo governo Dilma do…governo Lula-Dilma.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Baixaria e sexismo na tevê: até onde eles podem ir?

“Comi muito”, disse Rafinha Bastos (à esq.), do CQC, da Bandeirantes, ontem, sobre sua colega Renata Fan; “na minha imaginação”; reestreante, José Luiz Datena avançou: “eu não, mas gostaria”; ibope bombou; “feliz demais”, disse Renata; vídeo

Deixando atrás de si um contrato rasgado e um pedido de R$ 20 milhões de indenização, o apresentador José Luiz Datena voltou oficialmente à Bandeirantes, ontem, na bancada do programa CQC. Ele substituiu, nos primeiros 50 minutos, o titular Marcelo Tás. Deu certo. Ao menos no Ibope. Repleto de baixarias e tiradas de duplo sentido, o programa alcançou a vice-liderança no Ibope às 23h05 da segunda-feira, com 8,5 pontos. A Globo, em 1º, obteve 27,1. Record, com 7,7% ficou na terceira colocação, com o SBT logo em seguida, 5,4 pontos.

No ponto alto do CQC, o apresentador Rafinha Bastos e Datena chamaram um quadro com a apresentadora de programas de esportes da Bandeirantes, Renata Fan, apelidada pelo também apresentador Milton Neves de “Love Fan”. “Já comi muito”, disse Rafinha, referindo-se a Renata. “Na minha imaginação”. Datena, esperto, como se diz, não deixou por menos: “Eu não, mas gostaria”. A entrevista com Renata, alvo dos comentários, foi gravada.
No quadro O Povo Quer Saber, Renata foi submetida a perguntas dos telespectadores. Do seguinte padrão:
“O que é mais fácil acontecer: você ficar pelada ou o Corinthians ganhar a Libertadores?”, questionou uma mulher. “Ser gostosa ajuda a trabalhar na tevê?”, perguntou um jovem.
As respostas, assim como a apresentação com os comentários de Rafinha e Datena, estão no vídeo abaixo: